Gráfico mostrando o recorde de vendas do Tesouro Direto em janeiro de 2025, com um investidor analisando dados financeiros e tendências do mercado de renda fixa no Brasil.

Tesouro Direto Bate Recorde de Vendas em Janeiro

O Tesouro Direto registrou um recorde histórico em janeiro de 2025, atingindo R$ 8,76 bilhões em vendas, o maior valor já registrado desde a criação do programa. Esse crescimento reflete um movimento estratégico dos investidores, impulsionado pelas taxas de juros ainda elevadas e pela busca por alternativas seguras em um cenário de incerteza econômica.

Um Novo Marco para o Tesouro Direto

O grande destaque do mês foi o Tesouro Selic, que voltou à liderança ao somar R$ 3,8 bilhões em vendas (44,1% do total). Nos meses anteriores, os títulos atrelados à inflação vinham sendo os preferidos, mas o atual momento do mercado tem favorecido papéis pós-fixados.

Os Juros Ainda Elevados Impulsionam o Tesouro Selic

Um dos principais fatores por trás desse movimento é a política monetária brasileira. Com a Taxa Selic ainda em níveis elevados, muitos investidores optaram pelo Tesouro Selic, que acompanha as variações da taxa de juros, garantindo maior previsibilidade em tempos de incerteza.

Já os títulos prefixados e indexados ao IPCA perderam um pouco de espaço. Em janeiro, os títulos atrelados à inflação representaram 30% das vendas, enquanto os prefixados ficaram com 25,9%. Isso mostra que, apesar do interesse por proteção contra a inflação, muitos investidores preferem a segurança dos juros flutuantes no curto prazo.

Pequenos Investidores Ganhando Espaço

Outro ponto interessante foi o crescimento da participação dos pequenos investidores. Segundo os dados divulgados pelo Tesouro Nacional, 56% das operações foram realizadas com valores de até R$ 1.000, demonstrando um interesse crescente de brasileiros em investir de forma acessível e segura.

Além disso, o número total de investidores cadastrados no Tesouro Direto chegou a 31,49 milhões, um aumento de 15% em 12 meses. Esse crescimento reflete um maior interesse por renda fixa, impulsionado tanto pelos juros altos quanto pela maior conscientização financeira da população.

Investidores Preferem Prazos Curtos

Os dados de janeiro também mostram uma preferência marcante por investimentos de curto prazo. Aproximadamente 73,3% das vendas foram de títulos com vencimentos entre 1 e 5 anos, o que reforça a cautela dos investidores diante de possíveis mudanças na política econômica.

Por outro lado, os títulos com vencimento acima de 10 anos representaram apenas 21,8% das vendas, indicando que muitos investidores ainda estão hesitantes em travar taxas por prazos mais longos, especialmente com a expectativa de uma possível redução da Selic ao longo do ano.

O Que Esperar do Mercado de Renda Fixa?

Com o Banco Central sinalizando uma possível queda gradual dos juros, o comportamento dos investidores pode mudar nos próximos meses. Se a Selic começar a cair, é provável que haja um movimento maior para títulos prefixados e indexados à inflação, que podem oferecer rentabilidade mais atrativa no longo prazo.

Diante desse cenário, é fundamental acompanhar o mercado e entender as melhores estratégias de investimento.

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